Osmar Cardes, figura marcante no fotojornalismo em Ribeirão Preto, morre aos 88 anos

Osmar Cardes, parceiro na criação do Jornal APCD-RP, registrou muitos momentos marcantes da Regional em gestões diversas.

Osmar Cardes, figura marcante no fotojornalismo em Ribeirão Preto, morre aos 88 anos

Faleceu no final da tarde da última terça-feira, 17 de junho, aos 88 anos, o fotógrafo Osmar Cardes, nome histórico do jornalismo regional e nacional. Natural de Pontal (SP), Cardes se notabilizou por seu trabalho em veículos de imprensa de Ribeirão Preto e por seu olhar sensível e crítico ao longo de décadas dedicadas à fotografia documental. A APCD Ribeirão Preto, ainda nos primeiros anos de atividades, contou com o profissionalismo de Osmar Cardes para registrar os momentos marcantes da associação no então Jornal APCD-RP, lançado e coordenado, na época, por Dr. Artur Martini.

Há 30 anos atrás, juntamente com o Jornalista Nicola Tornatore (in memoriam) e Osmar Cardes, nós criamos o Jornal da APCD Ribeirão Preto. Foram anos de convivência com Osmar, sempre com seu olhar peculiar, registrou muitos ações e fatos relevantes da Regional, em gestões diversas.  Um profissional exemplar, será referenciado e estará sempre em nossa memória, pois faz parte de nossa história”, disse Artur Martini.

Reconhecido por registrar momentos marcantes da vida social e política de Ribeirão Preto, Cardes atuou em jornais como A Cidade, Diário de Notícias e outros importantes veículos.  Sua trajetória também incluiu o trabalho na assessoria de imprensa da Prefeitura de Ribeirão Preto, durante o governo de João Gilberto Sampaio, quando reforçou sua atuação institucional.

 


 

O ponto alto de sua carreira veio em 1984, quando recebeu o Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos, na categoria Fotografia - um dos mais prestigiados do jornalismo brasileiro. A imagem vencedora, publicada pela Folha de S. Paulo, foi capturada durante a cobertura do Levante de Guariba, uma greve de trabalhadores rurais reprimida pela Polícia Militar. O registro se tornou símbolo de resistência e denúncia.

Cardes sempre foi visto por colegas como um profissional discreto, ético e profundamente comprometido com o poder narrativo da imagem. Seu legado permanece vivo em arquivos, memórias e publicações, e sua morte representa uma perda significativa para o jornalismo e para a memória coletiva de Ribeirão Preto.
 


Publicado em 20/06/2025.

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