Odontologia, Ensino e Pesquisa
Dra. Maria Cristina Borsato: mais de 30 anos dedicados à Odontologia, ao ensino, pesquisa em Odontopediatria na FORP USP
A ribeirão-pretana Dra. Maria Cristina Borsato, mestre é doutora em Ciências Odontológicas, especialista em Odontopediatria e Acupuntura, desde 1989 atua na FORP/USP. Atualmente, é professora titular da disciplina de Odontopediatria do Departamento de Clínica Infantil da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Desenvolve e orienta pesquisas na área de Odontologia e Acupuntura aplicada à Odontologia, com ênfase em Odontopediatria.
Associada APCD-RP desde o tempo de Faculdade, Borsato é uma das fundadoras da Regional Ribeirão Preto, onde atuou ativamente em várias gestões, ex-presidente da APCD-Ribeirão Preto. Em entrevista exclusiva à Revista APCD Ribeirão, fala sobre Odontopediatria, Acupuntura, sua trajetória na FORP e expectativa para 2022.
A SEGUIR ENTREVISTA:
Cristina Borsato: mais de 30 anos dedicados à Odontologia, ao ensino e à pesquisa em Odontopediatria e Acupuntura, além do tratamento de pacientes especiais na FORP USP.
A ribeirão-pretana Dra. Maria Cristina Borsato, mestre é doutora em Ciências Odontológicas, especialista em Odontopediatria e Acupuntura, desde 1989 atua na FORP/USP. Atualmente, é professora titular da disciplina de Odontopediatria do Departamento de Clínica Infantil da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Desenvolve e orienta pesquisas na área de Odontologia e Acupuntura aplicada à Odontologia, com ênfase em Odontopediatria.
Associada APCD-RP desde o tempo de Faculdade, Borsato é uma das fundadoras da Regional Ribeirão Preto onde atuou ativamente em várias gestões, ex-presidente da APCD-Ribeirão Preto. Em entrevista exclusiva à Revista APCD Ribeirão, fala sobre Odontopediatria, Acupuntura, sua trajetória na FORP e expectativa para 2022.
Revista APCD-RP: A Odontopediatria tem sido uma constante em sua trajetória. Como tem sido a evolução e a procura pela especialidade?
Cristina Borsato: A Odontopediatria é uma especialidade ímpar, na qual os procedimentos clínicos envolvem todas as outras Especialidades, porém aplicadas em pacientes infantis. Assim, como as demais, a Odontopediatria tem evoluído em relação às diferentes técnicas operatórias antes mais invasivas, sendo que hoje, o conceito vigente é a de Mínima Intervenção ou da Odontologia Minimamente Invasiva. Houve avanços também em relação aos materiais odontológicos utilizados e novas tecnologias como o laser, localizadores apicais e instrumentos rotatórios que são utilizados na Endodontia de dentes permanentes e decíduos, dentre outros. A Odontopediatria teve o seu auge de procura por cursos há décadas atrás, retornando a ser procurada pelos profissionais atualmente. Hoje existem 9.049 odontopediatras no Brasil, segundo o site do Conselho Federal de Odontologia. Um número muito inferior ao de ortodontistas de 28.916, bem como em comparação com outras especialidades como Endodontia (16.870), Implantodontia (17.503), Prótese (12.659) e Periodontia (10.265). É uma especialidade considerada difícil por muitos profissionais, pois atender crianças, muitas vezes chorando, requer muita paciência e destreza para um atendimento mais rápido. Assim, as estatísticas mostram que esta é uma especialidade mais atrativa para as mulheres, que totalizam 8120 odontopediatras, sendo que os demais 929, são do sexo masculino.
Você atua com pacientes especiais, para atendê-lo é necessária uma atuação multidisciplinar?
Cristina Borsato: Como são pacientes muito comprometidos sistemicamente, a atuação multidisciplinar e multiprofissional é fundamental. Em 1996, foi conferido a mim o título de especialista em Pacientes Especiais uma vez que desde 1985 atendia estes pacientes na Clínica da Faculdade e, assim que fui contratada como docente me dediquei ao atendimento destes pacientes também, além de ministrar aulas e publicar trabalhos, até então, escassos na literatura.
Como foi seu envolvimento com a acupuntura. Quais as contribuições da especialidade na Odontologia?
Cristina Borsato: Apesar da acupuntura ter sido reconhecida como especialidade odontológica apenas em 2015, terminei meu primeiro curso de formação em acupuntura em 1997. E em 2004, tornei-me responsável pela Disciplina Optativa de Acupuntura na Odontologia no curso de graduação da FORP-USP, que tem sido ministrada até os dias atuais. Atualmente, coordeno o curso de Especialização em acupuntura da FORP-USP. Várias são as contribuições da Acupuntura na Odontologia, desde o tratamento de Disfunções Temporomandibulares, controle do stress, ansiedade e até fobias frente ao tratamento odontológico, bruxismo, controle do reflexo de regurgitação e náuseas, paralisia facial, nevralgia do trigêmeo, xerostomia, lesões bucais até analgesia pré-operatória.
A Odontopediatria e Acupuntura interagem entre si?
Cristina Borsato: Sim, há uma interface interessante entre estas duas especialidades. Muitas das indicações citadas acima são aplicadas às crianças, no entanto outras técnicas são preferencialmente utilizadas em substituição às agulhas, como laser, auriculoterapia, aromaterapia, florais de Bach, dentre outras.
Como a acupuntura é utilizada nas crianças para diminuir o estresse e a ansiedade?
Cristina Borsato : Em relação à diminuição do stress e da ansiedade uma das técnicas mais utilizadas, e com vários trabalhos publicados na literatura, é a auriculoterapia, que em crianças utiliza-se sementes de mostarda e esferas de ouro, prata e cristal. Podendo ser utilizado também o laser de baixa intensidade nos pontos da orelha das crianças com os mesmos efeitos das agulhas.
E em tempo de Pandemia, qual a contribuição da Acupuntura?
Cristina Borsato: Foi constatado que em função da pandemia a população em geral apresentou aumento nos níveis de stress, ansiedade e distúrbios do sono. A acupuntura se mostra efetiva nestes casos, uma vez que são liberados vários neurotransmissores relacionados com a diminuição destes sintomas. Além do equilíbrio energético proporcionado por esta técnica que leva a auto regulação de todos os seus meridianos (canais energéticos) do paciente.
Como professora tem constatado um aumento de interesse pela da acupuntura na Odontologia?
Cristina Borsato: Um interesse crescente pela especialidade de Acupuntura tem sido constatado, no entanto o número de dentistas acupunturistas no Brasil ainda é incipiente, totalizando 506, sendo que a grande maioria (315) está no estado de São Paulo. Este interesse vem aumentando principalmente após o reconhecimento da Acupuntura como especialidade Odontológica bem como pela maior difusão destes conhecimentos em cursos, palestras em diversos congressos e jornadas acadêmicas.
Diante dos avanços e desafios da Odontologia, o que recomendaria aos a novos profissionais de Odontologia?
Cristina Borsato: Atualmente, acompanhar a evolução dos materiais e técnicas é um desafio constante. Assim, o profissional deve estar sempre se atualizando por meio de cursos especializados, e se possível, consultar a literatura odontológica recente. Muitos acadêmicos do último ano já ingressam no curso de pós graduação, mestrado, almejando a carreira acadêmica. No entanto, como a Odontologia é uma profissão na qual a técnica/prática é fundamental seria interessante uma Especialização na área de escolha deste profissional.
Depois de vivenciarmos esse período atípico e desafiador de nossa história no Brasil e no mundo, qual sua expectativa para 2022?
Cristina Borsato: Sempre fui e sempre serei uma pessoa otimista, acredito que 2022 será sem dúvida um ano bem melhor. Com a conscientização da população em relação à importância da vacinação e da manutenção dos cuidados bem conhecidos por todos, a pandemia estará sob controle, e a vida de volta ao novo normal.
Tantos anos a serviço da Odontologia, se sente realizada?
Cristina Borsato: Sim, completamente. Tenho me dedicado com afinco a todas as minhas atividades acadêmicas e cheguei a ser Professora Titular, o mais alto grau dentro da Universidade de São Paulo. Como pesquisadora publiquei inúmeros trabalhos nacionais e internacionais, e continuo pesquisando com muita disposição, diariamente com meus orientados de mestrado, doutorado, iniciação científica e pós-doutorado.
Como docente de Odontopediatria minha realização é ainda maior, tenho prazer em estar na clínica com meus alunos de graduação e especialização atendendo o maior número de crianças possível, tentando proporcionar uma melhor qualidade de vida a estes pequenos grandes seres humanos. Uma outra realização tem sido acompanhar a evolução dos meus orientados nas respectivas carreiras acadêmicas. Muitos hoje são professores da Faculdade em que se formaram (FORP-USP) e em outras Instituições de Ensino, e isto é motivo de muito orgulho pra mim e me faz reconhecer que tudo valeu a pena.
Fonte: Revista APCD-Ribeirão
Edição: novembro 2021
Publicado em 12/11/2021.
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