Frenectomia labial em bebê utilizando Laser de Diodo: relato de caso

Profa. Dra. Maria Cristina Borsatto; Profa. Dra. Carolina Paes Torres Mantovani; Profa. Márcia Amar; Prof. Dr. Marcelo Azenha

Frenectomia labial em bebê utilizando Laser de Diodo: relato de caso

Frenectomia é um procedimento cirúrgico que consiste na remoção do freio lingual ou labial. Atualmente, frenectomias em bebês tem sido amplamente indicadas principalmente relacionadas ao freio lingual uma vez que a anquiloglossia (língua presa) dificulta a amamentação levando a perda de peso corporal, além de causar vários problemas de desenvolvimento do sistema estomatognático. O freio encurtado em crianças maiores pode estar associado a recessões gengivais ou diastemas. Freios linguais ou labiais espessados e fibrosos limitam os movimentos da língua e lábios acarretando prejuízos fonéticos (Francis et al., 2015) e estéticos (Bhusari et al., 2013).

O tratamento convencional é realizado com incisões para remoção do freio e liberação de lábio ou língua, utilizando bisturis e tesouras cirúrgicas. No entanto, uma técnica que tem sido muito utilizada atualmente, em função das suas vantagens, é a realização da frenectomia com laser de alta intensidade (Kara, 2008). Dentre estas vantagens podemos citar: necessidade reduzida de anestésicos locais, menor sangramento, edema reduzido, execução mais rápida, facilidade na hemostasia, além de não exigir sutura e apresentar menores complicações pós-operatórias (Kotlow, 2008; Murias et al., 2022).

Os lasers de alta intensidade atuam pelo processo de fotoablação ou de microexplosões do substrato, por aumento da temperatura no local da irradiação. Assim, pode-se utilizar o laser de diodo, laser de Er:YAG, laser de CO2, dentre outros (Brandão et al., 2020). Neste caso clínico, o freio labial superior de uma criança de 15 meses de idade apresentava-se muito fibrosado, com inserção baixa, estendendo-se até a papila incisiva, sendo denominado neste caso de freio teto labial duplo. Foi realizada a anestesia tópica e local no fundo do vestíbulo. Em seguida, foi realizada a ablação e remoção do freio com laser de diodo com 9W de potência (Thera Lase Surgery – DMC). Pode-se observar nas figuras a ausência de sangramento. Após isto foi realizada aplicação de um laser de baixa intensidade (Therapy EC – DMC) para auxiliar no processo de cicatrização uma vez que este tipo de laser atua na fotobiomodulação do tecido e tem propriedades antinflamatórias e analgésicas.

O laser cirúrgico vem ampliando seu espectro de atuação visto que é um método minimamente invasivo, possibilitando menores complicações pós-operatórias, além da maior aceitação pelos pacientes e pelos pais e/ou responsáveis, principalmente na Odontopediatria. 
 


Fonte: Revista APCD Ribeirão 
Edição outubro 2022


Publicado em 04/11/2022.

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