Avaliação Morfológica das Cabeças da Mandíbula nos exames de imagens

Fonte: Blog Dose de Sabedoria, uma publicação da equipe de radiologistas da Radiologia Odontológica Jardim

Avaliação Morfológica das Cabeças da Mandíbula nos exames de imagens

Os primeiros relatos sobre a predisposição das articulações temporomandibulares (ATMs) em apresentar alterações, ou seja, o mau relacionamento entre a cabeça da mandíbula e a fossa mandibular, foram citados na literatura por Pringle (1918). Desde então tornou-se objeto de pesquisas na tentativa de compreender sua complexidade.

As condições que afetam as ATMs são variadas, dentre as quais podemos citar erosões, aplainamentos e osteófitos. Também é conhecida a grande capacidade de adaptação e remodelação da cabeça da mandíbula. O tamanho, a forma e seu relacionamento com a fossa mandibular podem levar às disfunções temporomandibulares.

Além da avaliação clínica dos sinais e sintomas das disfunções temporomandibulares, é necessário a utilização de métodos de diagnóstico por imagem para o estudo do relacionamento entre a cabeça da mandíbula e a fossa mandibular, avaliação da sua morfologia, bem como para a visualização de sinais degenerativos.  E a radiografia panorâmica é frequentemente utilizada para avaliação inicial das ATMs, por ser um método simples e de baixo custo, que mostra as imagens das articulações dos lados direito e esquerdo em um único filme. Para ilustrar esta alteração verificada na radiografia panorâmica conforme a imagem 1, observou-se aplainamento nas vertentes superiores das cabeças da mandíbula e uma possível alteração destas em relação às paredes das cavidades articulares. Então foi sugerida a realização de exame clínico correlacionado com história pregressa e como exame de imagem complementar, para melhor avaliação, a Tomografia Cone Beam.

Assim, ressalto que a Tomografia Cone Beam (TCFC) é o “Padrão Ouro” para o exame da morfologia da cabeça da mandíbula, devido ao fato de não haver sobreposição de imagem, não apresentar distorções dimensionais e da sua capacidade de reconstrução de imagens tridimensionais com alta qualidade de resolução para avaliação das alterações morfológicas das cabeças da mandíbula.
 

Fonte: Blog Dose de Sabedoria da Radiologia Odontológica Jardim/
Revista APCD-Ribeirão – edição de janeiro 2023


Publicado em 02/02/2023.

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