Ser Mãe: é uma das mais nobres formas de perpetuar a vida

As mães Carolina Faccini e Daphne Jardim descrevem os sentimentos e os desafios ao ser mãe e profissional

Ser Mãe: é uma das mais nobres formas de perpetuar a vida

Ser mãe é uma experiência que transcende definições simples. É um papel que envolve entrega, amor incondicional, força, e uma capacidade quase sobre-humana de acolher, guiar e inspirar. Mais do que gerar uma vida, ser mãe é perpetuar a humanidade — não apenas no sentido biológico, mas na formação de seres humanos íntegros, sensíveis, preparados para viver em sociedade.

A maternidade é, muitas vezes, marcada por uma mistura intensa de sentimentos. Há o encantamento diante da primeira vez que se sente o filho se mexer no ventre, o medo diante do desconhecido, a exaustão dos dias e noites sem descanso, mas também uma alegria imensurável em cada sorriso, cada conquista, cada “mamãe” balbuciado com ternura.

Ser mãe é se transformar. É ver o mundo com outros olhos. É carregar consigo a responsabilidade, e o privilégio, de ser o primeiro exemplo de amor, ética, coragem e resiliência para alguém. O colo de uma mãe cura, sua palavra orienta, sua presença conforta.

Mães moldam gerações. Com seus ensinamentos, suas histórias, seus gestos de cuidado e disciplina, elas constroem os alicerces sobre os quais o futuro se ergue. Muitas vezes, de maneira silenciosa e invisível aos olhos do mundo, elas garantem que os valores mais fundamentais da sociedade - respeito, empatia, solidariedade sigam vivos.

E embora a maternidade não seja igual para todas - há mães biológicas, mães de coração, mães que perdem, que lutam, que renascem, todas compartilham uma essência: o profundo desejo de ver seus filhos crescerem felizes e plenos. Nesse amor que acolhe sem exigir retorno, que ensina sem prender, reside uma das maiores forças do mundo.

Ser mãe é, em suma, viver em constante aprendizado, entrega e amor. É ser presença que marca, mesmo quando já não está. É eternizar-se em gestos, palavras e memórias. É, sem dúvida, uma das mais nobres formas de perpetuar a vida.

A cirurgiã-dentista Carolina Faccini, a administradora de empresas Daphne Jardim e CD e empresária Patrícia Jardim (mãe e avó), descrevem os sentimentos e os desafios ao ser mãe e profissional.

 

 

A vida nunca foi tão desafiadora

“Não poderia estar mais feliz em meu primeiro dia das mães, com o privilégio de viver a vida que sempre sonhei”

“Intensidade, energia e timing. São três pilares que sempre me guiaram na minha trajetória. Em 2020, em meio à pandemia, cheguei em Ribeirão para prestar uma consultoria à empresa dos meus pais, a Radiologia Jardim. Esse projeto era para ter duração de 3 meses, foi se prolongando e hoje já não me vejo mais em outro lugar. Eu me apaixonei pela odontologia, por ver o impacto do nosso trabalho na vida das pessoas, a importância do que fazemos para os dentistas. E além disso tudo, estar perto da família não tem preço.

Eu me juntei aos meus pais no momento certo, enxergamos oportunidades em meio aos desafios e planejamos a inauguração de uma nova unidade, no Alto da Boa Vista em 2023. Essa, por sua vez, tem um apelo emocional, construímos no local onde foi nossa casa por quase 30 anos.

Ainda sim, senti em 2024 que faltava algo.Em 2020 eu decidi ficar em busca de um propósito, de uma vida mais estável e de um equilíbrio entre vida pessoal e profissional. É como se tudo isso me preparasse para a chegada do meu sorridente Matteo, que nasceu dia 02 de julho de 2024, preenchendo as nossas vidas com um amor que nunca imaginamos sentir.

A vida nunca foi tão desafiadora desde que me tornei mãe, conciliar trabalho com maternidade não é fácil. Hoje dedico meio período ao meu filho, meio período às questões que preciso estar fisicamente na empresa e de noite finalizo o que é gerencial. O dia de uma mãe parece que tem 35 horas, nos tornamos mais produtivas, empáticas e práticas.

Descobri que admiro ainda mais minha mãe como avó, aquela que no início cuidou de mim para que eu pudesse cuidar do meu pequeno, que não largou a minha mão. E hoje me auxilia com todo o carinho do mundo a conciliar tudo, principalmente cuidar do Matteo, que está sendo criado dentro da clínica.

Não poderia estar mais feliz em meu primeiro dia das mães, com o privilégio de viver a vida que sempre sonhei, no momento certo, com a dedicação certa e o equilíbrio que faz a roda girar.

Daphne Jardim

 

Ser Avó é ser Mãe duas vezes

“Ser avó é ser mãe duas vezes - é amar sem medidas, sem limites, sem condição. É reviver a maternidade com a leveza da experiência e com um coração ainda mais cheio. Eu achava que, como mãe, já tinha vivido o meu melhor… até me tornar avó.

É esquecer o cansaço de um dia inteiro só para sentar no chão e brincar, como se a coluna nem doesse. É se emocionar com os primeiros passinhos, o primeiro dentinho e querer mostrar esse vídeo para o mundo inteiro. Ser avó é redescobrir a alegria nas pequenas coisas e se apaixonar por um amor que renasce.

Eu amo ser mãe, e me reinventei sendo avó. Feliz Dia das Mães, para todas que vivem esse amor em todas as suas formas. 
        
Patricia Jardim

 

Ser Mãe e Profissional

Por  Dra Carolina Faccini

“Cada um com seus próprios desafios e recompensas”.

Ser mãe e profissional é um verdadeiro malabarismo emocional, físico e mental. São dois papéis intensos, exigentes, mas também incrivelmente gratificantes - cada um com seus próprios desafios e recompensas.

Muitas mulheres enfrentam dilemas como a culpa materna: por trabalhar e “não estar presente o suficiente. Pressão profissional: por tentar provar que a maternidade não diminui sua competência. Falta de tempo: para si mesma, para o parceiro, para os filhos… e até para dormir.

Mas também há o outro lado: a maternidade pode desenvolver habilidades como organização, empatia, resiliência e inteligência emocional — que são valiosas no ambiente de trabalho. O trabalho pode ser uma fonte de identidade, realização pessoal e até um respiro que ajuda a equilibrar a vida familiar

Tem sido assim para mim. A odontologia me recorda do meu lado mulher profissional, a rotina clínica me lembra de minha paixão pelos pacientes e os desafios de ser dentista. Ao mesmo tempo vivo o amor incondicional por minha filha, que me faz ver o valor do tempo, das pequenas conquistas e da simplicidade do dia a dia.

Segundo o CFO (Conselho Federal de Odontologia), mais de 60% dos dentistas ativos no Brasil são mulheres. Nas universidades, o número de alunas nos cursos de Odontologia já ultrapassa os 70% em algumas instituições. E essa feminização da profissão junto com a exigência do mercado, avanço das tecnologias na odontologia, acredito que só faça com que nós, independente de nossas escolhas – continuar na profissão, ou uma dedicação exclusiva à família – sejamos mais surpreendentes e motivadas como mulheres mães e ótimas profissionais.

Carolina Faccini


Fonte: Revista APCD Ribeirão
Edição maio 2025

 

Publicado em 16/05/2025.

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