Ser mãe e profissional é desafiador, entretanto realizam Juliana Lourenço

Mestre e doutora em Reabilitação Oral e professora do Curso de Reabilitação Oral da APCD RP, ela é mãe de Francisco. “O amor de minha vida”, diz ela

Ser mãe e profissional é desafiador, entretanto realizam Juliana Lourenço

Juliana Barchelli Pinheiro Lourenço é mãe do Francisco de 6 anos. “O amor de minha vida”, diz ela.  Formada há 17 anos pela Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto, FORP – USP, mesma instituição onde cursou posteriormente meu Mestrado e Doutorado.  Natural de Igarapava-SP, casada há 12 anos com Alan Gruioni Lourenço também cirurgião-dentista e professor universitário da FORP USP, administra o tempo entre as atividades profissionais e o pessoal, priorizando estar presente no dia a dia do seu filho Francisco.

Dra. Juliana Lourenço, mestre e doutora em Reabilitação Oral, atua clinicando (Reabilitação Oral e Prótese Dentária), em consultório odontológico particular na cidade de Cravinhos-SP e em Ribeirão Preto como professora do Curso de Reabilitação Oral da APCD.

Segundo ela, falar sobre o dia um do outro com o filho, ajuda a fortalecer a conexão entre ambos e faz com que ele se sinta incluído e valorizado, em ocasiões especiais ou adoece é flexível, ajustando a sua agenda para estar presente. “É um equilíbrio constante, mas Francisco entende que trabalho porque é necessário e importante para nossa família”.

A seguir na íntegra as Dra. Juliana Lourenço fala sobre ser mãe e profissional, os deafios e a importância da rede de apoio, além do seus projetos futuros. 

Revista APCD-RP: Como descreveria a emoção de gerar, dar vida a seu filho? Quais momentos mais marcantes?
Juliana Lourenço - Descrever a emoção de gerar e dar vida ao meu filho Francisco é algo até difícil de relatar em palavras, pois foi profundamente transformador. Misto de uma alegria imensa com uma responsabilidade gigantesca. Desde o momento em que descobri que estava grávida até o dia do parto, cada etapa foi especial e maravilhosa. O momento mais marcante, sem dúvida, foi quando o vi pela primeira vez e ouvi seu choro. Naquele momento, uma nova jornada começava para nós e para nossa família. 

Revista APCD-RP: Como encarou o desafio de conciliar as atividades profissionais e pessoal? 
Juliana Lourenço: Me tornei mãe em uma fase da minha vida em que já estava estabelecida na minha carreira como cirurgiã dentista. Inicialmente conciliar a maternidade com a vida profissional foi desafiador. Eu sabia que não seria fácil minha profissão com as novas responsabilidades como mãe. Para fazer tudo isso funcionar, precisei aprender a priorizar tarefas, delegar quando possível e ser extremamente organizada. Também foi essencial estabelecer limites claros entre o tempo profissional e o pessoal, garantindo que eu pudesse estar presente e envolvida nos momentos importantes da vida do Francisco. O mais importante foi criar uma rede de apoio confiável, contando com a ajuda da minha família e de profissionais, permitindo manter a qualidade no trabalho e em casa. Esse equilíbrio é dinâmico e sempre requer ajustes, mas é plenamente possível com dedicação e amor.

Revista APCD-RP: Teve apoio da família para isso?
Juliana Lourenço: Sim, tive um apoio incrível da minha família, o que foi fundamental para conseguir conciliar minha carreira com a maternidade. Meu marido Alan foi especialmente essencial, compartilhando responsabilidades e oferecendo suporte emocional sempre que necessário. Os avós do Francisco também desempenharam um papel muito importante, ajudando no cuidado diário e permitindo que eu pudesse manter minha rotina profissional. Essa rede de apoio não só facilitou a logística do dia a dia, mas também me deu a tranquilidade emocional para voltar a focar no trabalho sabendo que meu filho estava em boas mãos. Acredito que ter uma rede de apoio é um dos maiores presentes que uma mãe pode ter para conseguir retomar as atividades profissionais. Ela proporciona uma base sólida para que possamos seguir em nossas carreiras com tranquilidade, segurança e alegria.

Revista APCD-RP: A realização como mulher passa por esse milagre de renovar a vida, ser?
Juliana Lourenço: Certamente, a maternidade é uma das experiências mais transformadoras e enriquecedoras na vida de muitas mulheres, mas é importante reconhecer que a realização feminina pode vir de muitas formas. Para mim, ser mãe do Francisco é profundamente gratificante e traz uma nova dimensão à minha vida...  No entanto, a realização pessoal e profissional também são componentes essenciais da minha identidade. Acredito que ser mulher envolve a liberdade de escolher nossos próprios caminhos, seja ele a maternidade, a carreira, ou ambos. Cada mulher deve ter a oportunidade de buscar o que a faz sentir completa e realizada. Para algumas, isso pode significar dedicar-se integralmente à família, enquanto para outras pode incluir conquistas profissionais, interesses pessoais, ou uma combinação de ambos.

 

“Para mim, ser mãe do Francisco é profundamente gratificante e traz uma nova dimensão à minha vida”  

 

Revista APCD-RP: Hoje 6 anos depois, como organiza sua agenda?
Juliana Lourenço: Ao longo desses intensos 6 anos aprendi bastante sobre como balancear as demandas da minha carreira com as necessidades do meu filho, que agora está com seis anos e tem seus próprios compromissos e atividades. Costumo começar o dia cedo, organizando tarefas profissionais durante as horas em que meu filho está na escola. Isso me permite focar no trabalho sabendo que ele está seguro. Após a escola, dedico tempo para estar com ele, ajudando com deveres de casa, participando de atividades ou simplesmente desfrutando da companhia um do outro. A comunicação clara com minha equipe no consultório também é vital para manter tudo fluindo, mesmo quando estou ausente. Acredito que para mim, o crucial é ter flexibilidade. Apesar de uma agenda intensa de trabalho, estou sempre preparada para ajustar conforme necessário.

Revista APCD-RP: Como seu filho vê essa questão de sair para seu trabalho?
Juliana Lourenço: Meu filho compreende que o trabalho é uma parte importante da vida, não apenas para mim, mas para muitos adultos. Desde cedo, procurei explicar para ele sobre minha profissão de uma maneira que ele pudesse entender. Expliquei que como cirurgiã dentista, ajudo as pessoas a cuidarem de sua saúde bucal, o que é essencial para o bem-estar geral. Ele sabe que meu trabalho não só nos sustenta, mas também me realiza e me faz feliz, o que, por sua vez, me torna uma mãe melhor. Tentamos sempre falar sobre o dia um do outro quando estou em casa, o que ajuda a fortalecer nossa conexão e faz com que ele se sinta incluído e valorizado. Naturalmente, há momentos em que ele deseja que eu fique mais tempo em casa, especialmente em ocasiões especiais ou quando está doente. Nestes momentos, eu procuro ser flexível, ajustando minha agenda para estar com ele. É um equilíbrio constante, mas ele entende que trabalho porque é necessário e importante para nossa família.

Revista APCD-RP: Até que ponto a educação recebida de seus pais se faz presente na sua forma de criar seu filho? A propósito você se reconhece nele?
Juliana Lourenço: A educação que recebi dos meus pais desempenha um papel fundamental na forma como crio meu filho. Eles me ensinaram valores como respeito, responsabilidade e a importância da educação, os quais eu faço questão de passar adiante. Meus pais também me proporcionaram um ambiente de amor e suporte, o que eu procuro replicar na criação do meu filho. Eu me reconheço muito no Francisco, seja em pequenos gestos, na curiosidade ou no sorriso. Esses reflexos não apenas trazem alegria, mas também um senso de continuidade e legado, o que é muito especial para mim. Essa conexão também reforça minha responsabilidade e desejo de ser um bom modelo para ele, assim como meus pais foram para mim.

Revista APCD-RP: O seu filho é uma das motivações para buscar sempre a superação em sua vida profissional, clinicar e ensinar, enfim crescer em todos os sentidos?
Juliana Lourenço: Sem dúvida. Ser um exemplo positivo para ele me impulsiona a melhorar continuamente, tanto em habilidades clínicas, quanto em minha capacidade de ensinar e orientar outros em minha profissão. Quero que ele veja que o trabalho e a dedicação podem trazer realizações significativas e que enfrentar desafios é parte do processo de crescimento. Estar comprometida com meu crescimento profissional não é apenas para alcançar minhas próprias metas, mas também para assegurar um futuro melhor para ele. Quero que ele se orgulhe, não só do que conquisto, mas também da forma como lido com os desafios ao longo do caminho, que são muitos.

Revista APCD-RP: Quais seus planos para o futuro, pessoal e profissionalmente?
Juliana Lourenço: Pessoalmente, meu principal plano é continuar apoiando meu filho em seu crescimento e desenvolvimento, garantindo que ele tenha as oportunidades para se tornar uma pessoa feliz e realizada. Quero estar presente em seus momentos importantes e continuar sendo uma fonte de amor, orientação e segurança para ele. Profissionalmente, estou sempre focada em expandir meus conhecimentos, buscando especializações adicionais que possam enriquecer minha prática e permitir que eu ofereça os melhores tratamentos aos meus pacientes. Inclusive, neste ano, com o crescimento do Francisco, senti que era possível voltar a estudar. Estou cursando especialização em Implantodontia, especialmente em técnicas avançadas de ancoragem óssea na Odontologia e estou adorando. Também pretendo continuar minhas contribuições na educação em Odontologia, através do nosso curso de Reabilitação Oral na FAOA-APCD Ribeirão Preto, sempre buscando atualidades e inovações para nossos alunos.

Revista APCD-RP: O que tem a dizer de mais importante neste dia das mães para mulheres que querem ser mães?
Juliana Lourenço: Neste Dia das Mães, gostaria de dizer às mulheres que estão considerando a maternidade, que este é um caminho extraordinário, mas também desafiador. É importante entrar nesta jornada com o coração e a mente abertos, preparadas para as alegrias e também para os obstáculos. Para aquelas que desejam equilibrar a maternidade com a carreira, meu conselho é buscar uma rede de apoio sólida e serem gentis consigo mesmas. Não há uma forma perfeita de maternar, cada família e cada mulher encontram o equilíbrio que funciona para elas. É fundamental reconhecer que fazer o melhor que você pode é mais do que suficiente. Por fim, acredite no seu instinto, sempre. Sua intuição materna é um guia valioso. Confie em si mesma e saiba que, ao se tornar mãe, você está embarcando em uma das experiências mais transformadoras e felizes da vida. Feliz Dia das Mães! Que seja um caminho de amor, aprendizado e alegria.

 

 


“Pessoalmente, meu principal plano é continuar apoiando meu filho em seu crescimento e desenvolvimento. Profissionalmente, estou sempre focada em expandir meus conhecimentos, buscando especializações adicionais”


Publicado na Revista APCD Ribeirão
Edição de maio 2024


Publicado em 13/05/2024.

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