Sabe você quais os princípios básicos de um processo de esterilização?
Artigo de Waldomiro Peixoto – consultor técnico da Woson

São tempo, temperatura, pressão, qualidade de água destilada ou purificada e qualidade de saturação do vapor.
Vamos entender como funciona este processo. A esterilização pode se dar por calor seco ou úmido, meio químico ou físico-químico. Em nosso segmento de equipamentos médico-odontológicos, nosso interesse neste espaço da Revista APCD RP, é a operação com calor úmido que, por ser vapor saturado, também é chamado de vapor “seco”, por meio de autoclave. O vapor é considerado “seco” por ter menos de 5% de umidade e, obviamente, encontrar-se acima de 95% no estado gasoso. É produzido através de resistência imersa em água destilada ou purificada dentro da câmara de inox ou através de gerador de vapor, até atingir o ponto de ebulição, momento em que há mistura equilibrada de líquido e vapor. Este ponto de saturação é o limiar entre o estado líquido e o gasoso, com alto poder de penetração nas superfícies a esterilizar. Um vapor com mais de 5% de umidade prejudica a secagem do material e abaixo de 2% (estado gasoso acima de 98%) pode danificá-lo e até mesmo queimá-lo.
O vapor acima do ponto de saturação é tecnicamente chamado de “vapor superaquecido”, perde sua latência, não serve para autoclavagem de material, mas serve para outros fins que não nos interessam nesta matéria.
A esterilização por vapor saturado de água baseia-se em quatro propriedades que têm incidência decisiva no processo: 1. Elevada temperatura a pressões não-elevadas; 2. Elevado calor latente (aquele que é transferível para uma superfície); 3. Formação de água ao condensar-se no máximo 5%; 4. Contração instantânea do volume ao condensar sobre uma parede fria. Essas quatro propriedades atingem seu melhor nível quando o vapor se encontra na condição de saturado e seco, ou seja, nem úmido nem aquecido.” (Fernando Bustamante, in “Conceitos Básicos de Esterilização e Qualificação”). O efeito letal contra os microrganismos decorre da ação conjugada da temperatura, pressão e agente esterilizante (vapor saturado), nesta ordem, que age ao entrar em contato com a superfície contaminada, umedece-a, libera calor (latência), penetra sob pressão nos materiais e promove a desorganização da estrutura celular dos microrganismos, podendo levá-los à morte.
Reforçamos que se o agente esterilizante (vapor saturado) for impedido de chegar a certos pontos, dentro da carga envelopada, por bolhas de ar (ar e vapor saturado não se misturam), ali não ocorrerá obviamente a esterilização. Exatamente por isso que as autoclaves a vácuo são bem mais efetivas e mais seguras do que as que não têm vácuo. Um ciclo completo da autoclavagem, grosso modo, compreende a remoção do ar, admissão de vapor saturado e exaustão (de preferência a vácuo), e, por fim, secagem (quanto mais seco o vapor menor é o tempo de secagem) do material autoclavado.
A boa qualidade do vapor saturado é decorrente da boa qualidade da destilação ou purificação, recomendada abaixo de 50 micro-Siemens de condutividade. A água destilada da Woson tem abaixo de 50 micro-Siemens e a purificada por osmose reversa abaixo de 10. Quaisquer dúvidas podem ser esclarecidas pelo Suporte Técnico da Woson.
Fonte: Waldomiro Peixoto – consultor técnico da Woson
Publicado na Revista APCD Ribeirão – edição março 2023
Publicado em 29/03/2023.

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