Com a palavra a professora Lívia Fiorin, ministradora da 1ª Jornada da APCD-RP

Respondendo aos questionamentos da jornalista Dalva Maria, com a palavra a professora DRA LIVIA FIORIN, Mestra, Doutora e especialista em Reabilitação oral

Com a palavra a professora Lívia Fiorin, ministradora da 1ª Jornada da APCD-RP

POR QUE HANDS ON ? 
Livia Fiorin: “Hands On é um termo em inglês que significa “mãos à obra”. É  uma atividade que mescla introdução teórica com prática laboratorial. Eis a razão de apresentar um Hands On. As práticas são importantes, porque consolidam o que foi aprendido na teoria e ajudam os alunos a fixarem os protocolos clínicos. O tema Pinos Intrarradiculares foi escolhido por ser um procedimento que está em alta e os alunos ainda tem muitas dúvidas. As dúvidas mais frequentes são quando indicar, qual a finalidade, qual tipo de pino utilizar em cada caso clínico e como executar adequadamente a cimentação adesiva”.

 

QUAIS AS INDICAÇÕES? 
”Os pinos intrarradiculares estão indicados para dentes tratados endodonticamente amplamente destruídos, com perda de mais de 50% do remanescente coronário. Quando há pouco remanescente coronário, o pino é colocado para reter e estabilizar o núcleo de preenchimento. O núcleo de preenchimento é a reconstrução da estrutura dentária perdida com materiais restauradores, geralmente resina composta, que será preparada para receber uma coroa total”.

 

QUAL A FUNÇÃO DOS PINOS INTRARRADICULARES ? 
A principal função de um pino intrarradicular é oferecer retenção ao núcleo de preenchimento. Se o dente estiver muito destruído, a adesão do material restaurador à pequena quantidade de remanescente coronário é insuficiente. O pino é colocado para que o núcleo de preenchimento não se solte ou frature, melhorando o prognóstico de dentes tratados Endodonticamente.Foi enfatizado que o pino não reforça o dente, e sim retém o núcleo de preenchimento.

 

EXISTE POLÊMICA NAS REDES SOCIAIS SOBRE OS PINOS? 
Existe uma polêmica nas redes sociais quanto a utilização dos diferentes pinos intrarradiculares. Alguns especialistas afirmam que o núcleo metálico fundido causa fratura radicular. No entanto, a literatura científica mostra que ambos apresentam desempenho clínico e taxa de sucesso semelhantes. O tipo de falha é diferente, sendo fratura do pino para o pino de fibra de vidro e fratura radicular para o núcleo metálico fundido. Nossa equipe se posicionou frente a polêmica utilizando de artigos científicos publicados em revistas científicas com alto fator de impacto, zelando sempre pela prática da odontologia baseada em evidências científicas.”



QUAL O PRINCIPAL MOTIVO DO USO DOS PINOS?
“Os pinos de fibra de vidro são mais utilizados atualmente por motivos estéticos. Enquanto os núcleos metálicos fundidos podem oxidar e manchar os dentes e a margem gengival, os pinos de fibra de vidro favorecem a obtenção de uma estética satisfatória. A exigência estética é alta por parte dos pacientes e temos utilizado cada vez mais coroas cerâmica pura. A Prof. Lívia ressaltou a importância de informar a cor do substrato ao técnico de prótese dentária para confecção de coroa cerâmica pura, uma vez que substratos metálicos (núcleo metálico fundido) e coroas cerâmicas puras parecem não combinar. A coroa pode transparecer a cor do núcleo metálico e ficar acinzentada. Quando o núcleo metálico fundido é o substrato, indicamos a confecção de coroas metalocerâmicas ou de zircônia.
 


QUAIS AS VANTAGENS DESTA TÉCNICA?  
Na prática laboratorial, os alunos executaram a técnica do pino de fibra anatômico e a cimentação adesiva. A vantagem da técnica anatômica em relação à direta é a obtenção de retenção friccional, que aliada aos procedimentos adesivos, diminui o risco de soltura e falha, principalmente em dentes anteriores. A Prof. Lívia explicou que o risco de soltura é maior para dentes anteriores do que posteriores, porque os dentes anteriores recebem forças oblíquas durante a mastigação.
Os alunos também conheceram os cimentos resinosos indicados para cimentação de pino de fibra de vidro. Demonstrei a preferência pelos duais autoadesivos, uma vez que a diminuição de passos diminui a chance de erro durante a execução da técnica, principalmente para dentistas principiantes. Os alunos fizeram o passo-a-passo da anatomização do pino e da cimentação adesiva. Além disso, foram presenteados com um ebook sobre pinos intrarradiculares para lembrar a técnica aprendida”.
 

Publicado em 11/09/2024.

APCD Ribeirão Preto
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