Cirurgias Paraendodônticas: fatores que asseguram bons resultados
As modernas técnicas aumentaram o índice de sucesso, especialmente com o uso de tecnologia e materiais mais avançados, diz o prof. Dr. Brufato Ferraz

Cirurgia Paraendodôntica, também conhecida como cirurgia endodôntica, cirurgia apical ou reintervenção endodontica não cirúrgica, é um procedimento realizado quando o tratamento endodôntico convencional (canal) não resolveu o problema endodôntico ou criou algum outro, e não é possível ou indicado retratar o canal de forma convencional.
As principais indicações são para os casos de persistência de lesão periapical após tratamento endodôntico bem executado, ou os com a presença de fraturas ou canais acessórios não acessíveis por via convencional. Ou ainda outros com remoção de materiais extravasados além do ápice ou com dificuldade anatômica que impede o retratamento convencional, além dos casos com perfurações radiculares e fraturas de instrumentos.
São vários as modalidades classificadas como Cirurgia Paraendodôntica: Apicectomia: remoção do ápice radicular (extremidade da raiz) comprometido; Curetagem periapical: remoção do tecido patológico ao redor do ápice; Obturação retrógrada: selamento da ponta da raiz por via cirúrgica, após apicectomia; Ressecção radicular: remoção de parte da raiz em dentes multirradiculares.
Depois de exames clínicos e radiográficos detalhados, incluindo radiografias periapicais e, em alguns casos, tomografia computadorizada, é elaborado o planejamento da cirurgia.
De acordo com o prof. José Antônio Brufato Ferraz, mestre e doutor em Endodontia, o procedimento envolve várias etapas, começando pela anestesia local, depois ao acesso cirúrgico à região periapical, seguido de curetagem da lesão e apicectomia, quando necessário, finalizando com a obturação retrógrada com materiais como MTA (Mineral Trióxido Agregado) e sutura, posteriormente o acompanhamento pós-operatório.
Segundo ele, os fatores que asseguram o bom resultado dos procedimentos destas intervenções são vários, começando por determinar corretamente a causa da falha endodôntica; diferenciar entre lesão infecciosa e outras condições envolvendo cistos, reabsorções ou fraturas. Entre os fatores que devem ser considerados estão: o Isolamento e assepsia rigorosos, o preparo retrógrado adequado, o selamento apical com material biocompatível e, o que é fundamental, treinamento e habilidade do cirurgião, além disto a curva de aprendizado com microscopia e os instrumentos ultrassônicos influencia diretamente os resultados. E por fim, para assegurar o bom resultado, o acompanhamento pós-operatório - com radiografias periódicas, além do controle de sintomas que são essenciais para avaliar a cicatrização.
Salienta ainda que são vários os recursos e técnicas modernas de execução que contribuem para aumentar o índice de sucesso nas cirurgias paraendodônticas. Entre eles: a Microscopia operatória que permite magnificação e iluminação ideais, facilita a identificação de fraturas, canais acessórios e limites do preparo retrógrado e aumenta a precisão cirúrgica. O Ultrassom para preparo retrógrado que substitui as brocas convencionais, proporcionando preparo mais conservador, centrado e profundo, e reduzindo os riscos de microtrincas.
Também fundamental para o sucesso do procedimento o uso de Materiais biocerâmicos na obturação retrógrada; com excelentes propriedades seladoras, alta biocompatibilidade e indução de regeneração periapical, estimulam a formação de cemento e regeneração óssea. A Imagem por Tomografia Computadorizada Cone Beam (CBCT) faz a diferença no planejamento pré-operatório preciso, inclusive pela avaliação tridimensional da extensão da lesão e da anatomia radicular. É recomendável também o uso das técnicas minimamente invasivas, proporcionado incisões mais conservadoras, menor remoção óssea e menor trauma tecidual, portanto, recuperação mais rápida
"As técnicas modernas aumentaram significativamente o índice de sucesso das Cirurgias Paraendodônticas, especialmente com o uso de tecnologia e materiais mais avançados, o que ocorre na grande maioria dos casos", conclui o prof. Brufato.
Prof. Dr. Brufato Ferraz coordena os Cursos de Endodontia na APCD-RP
Mestre e Doutor em Endodontia pela FORP-USP, o Prof. José Antonio Brufato Ferraz é coordenador dos cursos de Aperfeiçoamento e Especialização em Endodontia na FAOA -APCD-Ribeirão Preto.
A equipe de professores dos cursos de Endodontia da APCD-FAOA -RP, sob a coordenação do Dr. Brufato Ferraz, reúne diversas qualidades para garantir uma formação técnica, ética e humana de excelência para os seus alunos.
Além da qualificação acadêmica a equipe de professores, composta por especialistas, mestres e doutores na área de Endodontia, possui uma experiência Clínica consolidada, com capacidade de transmitir aos alunos casos clínicos reais e atualizados. Com ética e profissionalismo, proporciona relação aberta e respeitosa com os alunos, sempre com estímulo ao pensamento crítico e ao crescimento individual. Faz parte do programa tanto dos cursos de aperfeiçoamento, um deles específico sobre essa abordagem cirúrgica, quanto da especialização, as cirurgias paraendodônticas e as técnicas avançadas utilizadas para garantir o sucesso dos procedimentos.
Publicado em 13/06/2025.

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