Laser Terapêutico tratamento da mucosite oral
Com a abordagem "Uso do Laser Terapêutico para prevenção e tratamento da mucosite oral: estudo comparativo com o protocolo convencional", a cirurgiã dentista Vivian Youssef Khouri, Mestre em Clínica Médica, ministrou palestra na EAP da APCD Ribeirão Preto. Esse foi o tema abordado por ela em sua Dissertação de Mestrado, cujo orientador foi o Prof. Dr. Júlio César Voltarelli (Coordenador da Unidade de Transplante de Medula Óssea do HCFMRP-USP), defendida no dia 30 de maio de 2007.
Vivian Youssef Khouri, Cirurgiã-Dentista e Mestre em Clínica Médica pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, atualmente, doutoranda pelo Departamento de Clínica da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Abaixo uma síntese do trabalho feita pela mestra.
Uso do Laser Terapêutico para prevenção e tratamento da mucosite oral: estudo comparativo com o protocolo convencional
A mucosite oral (MuO) é uma complicação comum em pacientes que receberam tratamentos com altas doses de quimioterapia e radioterapia, na região de cabeça e pescoço e aqueles submetidos ao transplante de medula óssea para doenças hematológicas e onco-hematológicas (SONIS, 2004).
Clinicamente, a MuO começa com eritema, posteriormente, pode haver o aparecimento de úlceras associadas à disfagia, formação de pseudomembrana, xerostomia, diminuição da ingestão oral que podem afetar a qualidade de vida dos pacientes (MASSACESI, 2005). Devido a presença das ulcerações, os pacientes tornam-se suscetíveis a infecções virais, bacterianas e fúngicas (NISCOLA et al., 2005).
Várias terapêuticas foram testadas para prevenir e tratar a mucosite, sendo uma das mais recentes o laser terapêutico (laser de baixa intensidade). A literatura mostra que a laserterapia apresenta vários efeitos biológicos como analgesia, ação antiinflamatória e biomoduladora (LIZARELLI, 2003). É indicado para a redução de hiperemia e normalizador circulatório (BRUGNERA JUNIOR; PINHEIRO, 1998) e para o alívio da dor (efeito antiálgico), reparação tecidual e antiinflamatória (MORIYAMA et al., 2005).
Assim, foi realizado na Unidade de Transplante de Medula do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, um estudo comparativo para avaliar a freqüência e a evolução da mucosite oral entre os pacientes submetidos ao laser terapêutico e os submetidos ao protocolo convencional utilizado na referida Unidade. Este protocolo convencional consistia na utilização de um colutório denominado "Fórmula para Mucosite", sendo composto por Benzidamina, Nistatina, Neotutocaína e água.
Participaram do presente estudo pacientes que receberam a administração do regime de condicionamento que consistiu na utilização de drogas quimioterápicas em altas doses associadas ou não a radioterapia corporal total que levam a destruição das células neoplásicas, para a realização do transplante de medula óssea alogênico para doenças hematológicas.
Foram selecionados 22 pacientes divididos em 2 grupos: grupo I: submetido à laserterapia combinada com o protocolo convencional e grupo II submetido apenas a terapia convencional. O grupo I foi irradiado com o laser de AlGaInP (660 nm) e GaAlAs (780 nm), com potência de 25 mW, na dose de 6,3 J/cm2, tempo 10 segundos, os lasers de 660 e 780 nm foram aplicados em dias alternados, desde o início do regime de condicionamento até quinze dias pós-transplante.
O aparelho utilizado para o desenvolvimento do estudo foi o Twin Laser produzido pela MMOptics Ltda de São Carlos-SP.
Para a avaliação da mucosite, foram utilizadas as escalas da World Health Organization (WHO) Oral Toxicity Scale e a "Oral Mucositis Assesment Scale" (OMAS). A WHO avalia os sinais e sintomas da MuO, enquanto a OMAS é uma escala que avalia especificamente o tipo de eritema e a extensão das ulcerações na cavidade bucal. Os resultados analisados estatisticamente mostraram que o grupo I apresentou menor freqüência e melhor evolução da mucosite quando comparado ao grupo II. Concluiu-se que o laser promoveu a redução na gravidade das lesões, podendo ser uma nova opção de prevenção e tratamento da mucosite oral, sendo eficaz e com ausência de efeitos adversos ou desconforto aos pacientes.
Para a pesquisadora, é importante a continuidade desses estudos com laser terapêutico em pacientes suscetíveis a mucosite, com profissionais especializados e capacitados.
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